Meu desejo são tentáculos retráteis
Que léguas se estendem ao tatear.
E em cujo desígnio os oráculos táteis
Revelam-se ao ensaiarem desgarrar.
São tentáculos dum Midas ao avesso,
Todo sólido em que toco desenrijeço.
Tudo que é de ouro, em líquido reles se verte,
Obra alquímica de quem com o vício se diverte.
Mas que não se engane iludido o incauto
Que desconhece a verdade da qual sou arauto:
É vil todo metal estático de energia contida
E nobre o torpor extático que excita a vida!
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