Sim, amor, nos amamos,
Mas por favor façamos
Um breve trato.
Ao invés de ficar sublimando,
Por que não passamos
Às vias de fato?
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Desvaticínio
Reféns dos próprios inventos,
Do microchip ao robô,
Temos andado tão lentos
Que o futuro nos alcançou.
Do microchip ao robô,
Temos andado tão lentos
Que o futuro nos alcançou.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Maldito inaudito
Há dias que são mais soturnos
Do que os espectros noturnos.
Naqueles em cuja diuturna vida
A morte, travestida, se olvida.
Há desejos que são algozes
Que não propriamente matam,
Mas que, ao falarem, nos calam,
Sufocados nas próprias vozes.
E assim, suicidada em óbito cativo,
Ainda ignora a maioria da gente
Que “desejar” é verbo intransitivo
De conjugação intransigente.
Do que os espectros noturnos.
Naqueles em cuja diuturna vida
A morte, travestida, se olvida.
Há desejos que são algozes
Que não propriamente matam,
Mas que, ao falarem, nos calam,
Sufocados nas próprias vozes.
E assim, suicidada em óbito cativo,
Ainda ignora a maioria da gente
Que “desejar” é verbo intransitivo
De conjugação intransigente.
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