"Pensar é estar doente dos olhos",
Não pensar, doente da mente.
Enquanto não resolvo esse imbróglio,
Vou aumentando a minha lente.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Litígios
Sim, amor, nos amamos,
Mas por favor façamos
Um breve trato.
Ao invés de ficar sublimando,
Por que não passamos
Às vias de fato?
Mas por favor façamos
Um breve trato.
Ao invés de ficar sublimando,
Por que não passamos
Às vias de fato?
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Desvaticínio
Reféns dos próprios inventos,
Do microchip ao robô,
Temos andado tão lentos
Que o futuro nos alcançou.
Do microchip ao robô,
Temos andado tão lentos
Que o futuro nos alcançou.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Maldito inaudito
Há dias que são mais soturnos
Do que os espectros noturnos.
Naqueles em cuja diuturna vida
A morte, travestida, se olvida.
Há desejos que são algozes
Que não propriamente matam,
Mas que, ao falarem, nos calam,
Sufocados nas próprias vozes.
E assim, suicidada em óbito cativo,
Ainda ignora a maioria da gente
Que “desejar” é verbo intransitivo
De conjugação intransigente.
Do que os espectros noturnos.
Naqueles em cuja diuturna vida
A morte, travestida, se olvida.
Há desejos que são algozes
Que não propriamente matam,
Mas que, ao falarem, nos calam,
Sufocados nas próprias vozes.
E assim, suicidada em óbito cativo,
Ainda ignora a maioria da gente
Que “desejar” é verbo intransitivo
De conjugação intransigente.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Eucaristia
Como o parasita do hospedeiro
Aproveita-se para reproduzir,
O funesto lança olhar perdigueiro,
Alvejando o que lhe sorrir.
Com seu rancor torpe,
Pantomima de autoridade,
Contamina "urbe et orbe",
Maculando a ingenuidade.
Emulação do bem contra o mal,
Sua bendita pia batismal
Foi meu pecado original.
Minha redenção é o carnaval.
Na quaresma morre-se de saudade
Daquilo que todo dia se tem.
Sem profecia ou previsibilidade,
O prazer é o que descontém.
E, sem nenhuma assiduidade,
Dá o ar quando convém.
Eu não tenho felicidade,
A felicidade é que me tem.
Aproveita-se para reproduzir,
O funesto lança olhar perdigueiro,
Alvejando o que lhe sorrir.
Com seu rancor torpe,
Pantomima de autoridade,
Contamina "urbe et orbe",
Maculando a ingenuidade.
Emulação do bem contra o mal,
Sua bendita pia batismal
Foi meu pecado original.
Minha redenção é o carnaval.
Na quaresma morre-se de saudade
Daquilo que todo dia se tem.
Sem profecia ou previsibilidade,
O prazer é o que descontém.
E, sem nenhuma assiduidade,
Dá o ar quando convém.
Eu não tenho felicidade,
A felicidade é que me tem.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Essências e reticências...
Só quero da vida fruir
Todo reles sentimento
Que faz desempedernir
E propele movimento...
Em todo vão momento,
Viv'alma de quem sente
Tenro encrudescimento,
Viv'almejo tão somente:
Da eternidade, o devir,
Das dores, convalescimento.
Das roupas, o despir,
Das flores, o rebento.
Todo reles sentimento
Que faz desempedernir
E propele movimento...
Em todo vão momento,
Viv'alma de quem sente
Tenro encrudescimento,
Viv'almejo tão somente:
Da eternidade, o devir,
Das dores, convalescimento.
Das roupas, o despir,
Das flores, o rebento.
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